quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Análise do filme “O grande ditador” ao olhar do texto “Origens do Totalitarismo” de Hannah Arendt.

O totalitarismo é um regime político que se inicia a partir da Primeira Guerra Mundial, e é por meados da década de 40 do século passado que passa a ter força com os regimes Nazistas e Fascistas. Nesta época o movimento totalitário passa a fazer o uso da propaganda, onde a população é dominada através de teorias fictícias criadas pelos totalitaristas enquanto desprezo dos fatos.

A propaganda totalitária é de extrema importância para o movimento conquistar as massas e as classes, pois, a partir daí se inicia uma conquista de vários simpatizantes, que já se encontravam tomados pela maquina governamental totalitária. Assim, o uso da violência é visto como parte da propaganda que se destina ao movimento externo ao do totalitário, que são aqueles que ainda não estão dominados completamente.

O filme “O grande ditador” é um afronto direto do diretor e ator Charles Chaplin que foi lançado pela primeira vez em outubro de 1940 para criticar o nazismo e o fascismo durante a Segunda Guerra Mundial.

O filme se inicia com a Primeira Guerra Mundial, em que Chaplin faz o papel de um cadete do exercito de uma nação fictícia chamada Tomania. Então em meio a um tiroteio o personagem de Chaplin encontra um saldado ferido que se encontrava em um avião. Logo os dois fogem do campo de guerra, mas em meio à fuga acontece um acidente, em que o avião bate em uma arvore e faz com que o personagem de chaplin perca a memória e fique por 20 anos internado em um hospital. Neste período surge um grande ditador, que perseguia judeus.

Já curado, mais ainda com amnésia o personagem de chaplin volta a sua profissão de barbeiro em um gueto de sua cidade e se apaixona por uma mulher chamada Hannah. Neste período tal cidade estava sendo comandada por Hynkel (Hitler). Em meio à tomada da cidade, o Barbeiro (Chaplin), começa a ser perseguido pelo exercito nazista, junto do general que o Hynkel o vê como um traidor. Assim os dois acabam presos e levados para um campo de concentração nazista.

Hynkel (Hitler) pede apoio a Naponoli (Benito Mussoline) para invadir Osterlich. Cidade onde Hannah passa a morar e a cultivar uva e produzir vinho.

Já no fim do filme o general e o barbeiro conseguem fugir do campo de concentração e no meio da fuga, o barbeiro é confundido pelos soldados nazistas como Hynkel (Hitler), e vão direto para um manifesto em que Chaplin coloca sua posição ideológica contra os regimes nazistas e fascistas com a seguinte frase:

“Companheiros, não vos entregueis a seres brutos que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam as vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias, os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem uma alienação regrada, que vos tratam como um gado humano, que vos utilizam como carne para canhão! Não sois maquinas! Homens é que sois! E com amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não fazem amar, os inumanos”.

Portanto, essa passagem final do filme chaplin faz seu discurso voltado para os direitos humanos, colocando um ponto de vista próprio enquanto democracia. Assim o diretor e também ator Charles Chaplin demonstra em seu filme sua indignação com movimento totalitário da Segunda Guerra Mundial em que se dá justamente na mesma época da produção de seu filme.

Em analise com o texto de Hannah Arendt, “Origens do Totalitarismo”, o filme aqui descrito demonstra o contrario do totalitarismo com ideais democráticos propostos por Chaplin.

A frase final é uma critica direcionada a propaganda totalitária. Pois demonstra com argumentos precisos no tocante a persuasão das idéias dos Alemães, do desprezo enquanto a vida, da alienação dos nazistas e dos fascistas.

Bibliografia:

ARENDT, Hannah. Origens do Totalitarismo, Companhia das letras, 3ª reimpressão: Pp.391 – 413.

CHAPLIN, Charles. The Great Dictator. 1940.

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